Um passeio pelo pomar do vegetarianismo

O assunto “alimentação”, como todos os demais, tem sua prática e teoria.
A prática é muito gostosa, quando temos à frente os quitutes que esperávamos, mas às vezes é muito chata, quando temos que comer o que não queríamos.
A teoria, por sua vez, parece sempre chata; visto que preferimos comer ao invés de pensar. Acredito que ela também pode ser gostosa, quando nos dá um norte para aliviar nossos medos e sofrimentos, quando encontramos uma luz que possa resolver nossas angústias relacionadas ao assunto.
Ao final, parece que de fato, nunca podemos ter tudo, pois normalmente a teoria gostosa traz uma prática que é nova para mim, sendo desta forma incômoda. Tentando o caminho inverso, fico com a prática gostosa, que costuma desequilibrar minha saúde.
Desde meus 14 anos que me interesso por alimentação, tanto a prática quanto a teoria; o que me fez estudar e procurar soluções para estas questões.
Me lembro que naquela idade, levava, ao colégio que cursei em São Paulo, cenoura cortada em tiras, de molho na água para não escurecer.
Meus amigos achavam estranho!
Trilhando este caminho e buscando saídas para incômodos que todos nós temos, cursei a faculdade de Agronomia (para saber de onde vem a comida que o “caipira” da cidade grande só vê embalada) além de me tornar vegetariano há 11 anos atrás. Os benefícios foram incríveis, mas não me dei por satisfeito.
Participei do 36º Congresso Vegetariano Mundial (2004) e do 1º Congresso Vegetariano Brasileiro e Latino-Americano (2006).
Intensifiquei o consumo de vegetais “In natura”, há 4 anos e constatei que estava no caminho certo, as mudanças foram maiores do que eu esperava.
Conclusão? Fiquei triste!
Ficou mais evidente, para mim, que não estava fazendo nada para ajudar aqueles que não tem acesso a estas informações, e diga-se de passagem, são a maioria.
Partindo desta constatação, tive a intenção de reunir e compartilhar informações e experiências.
Os cursos que organizo são fruto do estudo e prática dos últimos 20 anos, reunindo orientações e conclusões de diferentes profissionais.
Esta contribuição é um complemento à orientação dos médicos e nutricionistas. Não é um tratamento, e sim algumas dicas para prevenção e promoção da saúde; portanto cada um deve continuar seguindo os tratamentos a que foram orientados.
Como engenheiro Agrônomo tenho a intenção de estimular a reflexão, sobre alimentação, partindo de uma visão complementar à da medicina e da nutrição: a compreensão de que os ciclos da natureza seguem princípios de harmonia e geram frutos sadios, dos quais nós somos um deles.

"A cura é uma conseqüência de restabelecer os princípios que sustentam a saúde."